quarta-feira, 29 de setembro de 2010

Teu olhar


Não me olhe assim friamente. Isso me desmorona, me torna incapaz. Teu olhar duro me deixa em estado de transe. Teu olhar triste me faz mergulhar em um enorme abismo de desilusões. Teu olhar terno faz tudo mais parecer insignificante. O intenso, me imobiliza. Teu olhar apaixonado me faz sentir vulnerável aos teus encantos. Não me olhe como se fosse a última vez que me visse, ou talvez não entendesse o que os meus olhos querem lhe dizer. Quando os seus olhos são indecifráveis, me sinto confusa, frágil. Ao ouvir sua voz que gosto tanto, observo suas expressões que me levam e me trazem várias vezes de volta a mim. Fazendo-me vezes pequena, vezes grande. Tento não me perder em seu labirinto, porque tenho medo de não conseguir sair. Me olhe fixamente como se nada nesse mundo pudesse interromper nossa troca de olhares. Não me olhe inexpressivamente como se não se importasse com o que falo. Você me pergunta o que penso quando de repente fico calada. Não sei. Ás vezes fujo da realidade que eu mesma criei e quando me dou conta, estou em outro mundo que desconheço. Você não pode entrar nesse mundo, ele é só meu. Não me conte mentiras com olhares sinceros, mesmo que na maioria das vezes eu acredite nelas. Eu quero te olhar e ver verdade em cada parte de ti. Eu quero te olhar ontem, hoje e eternamente.

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